Categories: Notícias

Em ação coletiva, nos EUA, usuários reclamam que descarte de servidores expôs dados de clientes do banco Morgan Stanley

Uma ação coletiva contra o banco norte-americano Morgan Stanley deu entrada na tarde da última quinta-feira num tribunal de Nova York, acusando a instituição de duas violações de dados causadas pela perda, extravio ou violação dos equipamentos nos quais eles esses dados eram armazenados. Eles faziam parte de dois data centers que foram desativados e continham dados não-criptografados no momento da sua deleção, feita por uma empresa contratada para isso.

A petição inicial, com 33 páginas, conta que por volta do dia 9 de julho deste ano o Morgan Stanley começou a notificar procuradores-gerais em vários estados sobre violações de dados ocorridas no início de 2016. Também por volta dessa data o banco enviou a clientes atuais e antigos afetados pelas violações, ocorridas em 2016 e 2019, um “Aviso de Violação de Dados”.

A ação foi aberta em nome do aposentado Timothy Smith, que tem uma conta individual no Morgan Stanley. Na sexta-feira, o banco emitiu um comunicado sobre o assunto, informando que tem “monitorado continuamente a situação e não detectamos nenhuma atividade não autorizada relacionada ao assunto, nem acesso ou uso indevido de informações pessoais de clientes”, acrescentando que a empresa não comentará o processo.

Segundo a petição, em 2016 “o Morgan Stanley contratou um fornecedor para remover os dados dos clientes do equipamento (…) Posteriormente, o Morgan Stanley descobriu que os dados não foram totalmente ‘apagados’ e admite que ‘certos dispositivos que se acreditava terem sido apagados de todas as informações ainda continham alguns dados não criptografados.

Agora, segundo a petição, o Morgan Stanley admite que “esse equipamento está desaparecido”. Em 2019, o Morgan Stanley desconectou e substituiu vários servidores em várias filiais: “Os servidores antigos, que ainda continham os dados dos clientes, foram considerados criptografados, mas o Morgan Stanley posteriormente descobriu que uma ‘falha de software’ nos servidores deixava ‘dados anteriormente excluídos’ nos discos rígidos ‘de uma forma não criptografada”. Esses servidores também estão desaparecidos, de acordo com a denúncia.

Além da falha do Morgan Stanley em evitar a violação de dados, afirma a queixa, o banco “falhou em detectar a violação de dados durante anos e, quando descobriram a violação de dados, levaram mais de um ano, possivelmente mais, para relatá-la aos indivíduos afetados e aos procuradores-gerais dos estados”.

Fonte : CISO Advisor

Hermann Santos de Almirante

Recent Posts

Adequação dos órgãos públicos à LGPD está mais lenta do que o esperado

A adesão à LGPD está mais devagar do que se esperava, uma vez que é…

1 ano ago

Pets no condomínio: eles já são aceitos em mais de 70% dos imóveis anunciados para aluguel em SP

“Não aceitamos animais domésticos”: este era um aviso comum em boa parte dos anúncios de casas…

1 ano ago

Justiça reconhece à mãe direito a patrimônio digital de filha falecida

A 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo reconheceu o…

1 ano ago

ANPD lança nova série de publicações técnicas

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) lançou em 29 de Janeiro de 2024 uma série…

1 ano ago

FGTS Futuro permitirá que trabalhadores acessem parcelas mais altas no Minha Casa, Minha Vida

O FGTS Futuro deve elevar a capacidade de trabalhadores para arcar com parcelas do Minha Casa, Minha…

1 ano ago

Mudanças no Sistema de Cartórios On-line

O que muda: A partir de 31 de janeiro de 2023, o Sistema Eletrônico de Registros…

1 ano ago